Please use this identifier to cite or link to this item:
http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/5272
metadata.dc.type: | Trabalho de Graduação |
Title: | O judeu como mal absoluto : antissemitismo em O Mercador de Veneza |
Authors: | Domingos, Ana Caroline de Barros, 1998- |
Abstract: | Resumo: O antissemitismo, termo cunhado desde o século XIII, é estudado neste trabalho sob visão histórica por O Mercador de Veneza, escrita em 1596. A metodologia adotada, seguindo as proximidades e conexões da História e Literatura, é uma pesquisa bibliográfica e cinematográfica, na qual se faz mediação entre a época e o leitor contemporâneo cuja mentalidade antissemita é descortinada. Foram estudados livros e artigos relacionados ao antissemitismo e o estereótipo judeu, a construção de William Shakespeare como homem do teatro elisabetano e sobre O Mercador de Veneza. Como resultado, vê-se que o personagem Shylock espelha as maneiras contraditórias cujo os judeus eram percebidos na Europa do século XVI, rodeada de grandes transformações econômicas e religiosas, porém irredutível na caracterização dos judeus como mal absoluto. A representação shakespeariana do judeu usurário no teatro profano far-nos-á compreender que, mesmo criticando o "porquê" do preconceito na peça, criar um judeu estereotipado e odiado era banal da época, cujo sofrimento de Shylock era um "sinal divino" por seguir o judaísmo, e logo, prazeroso para a plateia cercada de hostilidade. Por fim, O Mercador de Veneza dialoga com o antissemitismo de seu tempo, tendo este ódio tão fortemente construído na mentalidade ocidental que não pode ter motivos humanamente possíveis. Hannah Arendt é quem reflete essa questão como eterna hostilidade ligada aos judeus, pois pela tristeza de Shylock no palco, os espectadores se divertiam. Abstract: Anti-Semitism, a term coined since the 13th century, is studied in this work under historical vision by The Merchant of Venice, written in 1596. The methodology adopted, following the proximities and connections of History and Literature, is a bibliographic and cinematographic research, in which the playwright mediates between his time and the contemporary reader whose anti-Semitic mentality is unveiled. Books and articles related to anti-Semitism and the Jewish stereotype, the construction of William Shakespeare as a man of Elisabethan theater and about The Merchant of Venice were studied. As a result, one can see that the character Shylock mirrors the contradictory ways in which the Jews were perceived in 16th century Europe, surrounded by great economic and religious transformations, but immutable in the characterization of the Jews as absolute evil. The Shakespearean representation of the Jew usurist in the profane theater will make us understand that, even criticizing the "why" of prejudice in the play, creating a stereotyped and hated Jew was banal at the time, whose suffering Shylock was a "divine sign" for following Judaism, and therefore pleasing to the audience surrounded by hostility. Finally, the Merchant of Venice dialogues with the anti-Semitism of his time, having this hatred so strongly built in the Western mentality that it cannot have humanly possible motives. Hannah Arendt is the one who reflects this issue as an eternal hostility linked to the Jews, because by Shylock's sadness on stage, the spectators enjoyed themselves. |
Keywords: | Antissemitismo Literatura e história Shakespeare, William, 1564-1616 Análise de obra literária |
metadata.dc.language: | Português |
metadata.dc.rights: | Acesso Aberto |
URI: | http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/5272 |
Issue Date: | 2020 |
Appears in Collections: | História - Trabalhos de Graduação |
Files in This Item:
File | Size | Format | |
---|---|---|---|
A TG Ana Caroline de Barros Domingos.pdf | 753.27 kB | Adobe PDF | View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.